A Revelação Templária

A Revelação Templária: Sexo o Sacramento Final

Posted by  on 17/09/2015
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A Revelação Templária: Sexo o Sacramento Final
Um outro movimento fundiu-se com a Igreja do Carmelo, mas fora fundado mais cedo, em 1838. Eram os irmãos da Doutrina Cristã, movimento  instituído pelos três irmãos Baillard, todos sacerdotes.
Fundaram duas casas religiosas –  também considerando-se católicos – nas montanhas: St. Odile, na Alsácia, e Sion-Vaudémont, na Lorena. Ambos eram lugares importantes nas suas regiões, e é um mistério  o modo como os irmãos Baillard conseguiram adquiri-los.
Edição e imagens:  Thoth3126@protonmail.ch
Capítulo 07C – SEXO: O SACRAMENTO FINAL  – Livro “The Templar Revelation – Secret Guardians of the True Identity of Christ”, de  Lynn Picknett e Clive Prince.
Capítulo VII C – SEXO: O SACRAMENTO FINAL
Sion-Vaudémont era um importante lugar pagão da antiguidade, consagrado à deusa  Rosamerta, e – como se deduz do seu nome – tem uma longa associação ao Priorado de Sião. De fato, uma Ordem de Notre-Dame de Sion, historicamente reconhecida, foi ali  instituída, no século XIV, por Ferri de Vandémont, cujo alvará a ligava à abadia do monte  Sião de Jerusalém – do qual o Priorado reivindica a origem do nome que adotou.
O filho  de Ferri casou com Iolande de Bar, grã-mestra do Priorado entre 1480-1483, filha de René d’Anjou, o anterior grão-mestre. Iolande promoveu Sion-Vaudémont a importante centro de peregrinação, focando a  veneração na sua Madona Negra. A estátua foi destruída durante a Revolução e substituída por uma Virgem medieval – não negra, retirada da igreja de Vaudémont, que é  dedicada a João Batista. 
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O monte de Sião ou Colina de Sion-Vaudemont, é uma colina localizada no país de Saintois , no sul do departamento de Meurthe-et-Moselle , na região de Lorraine na França. Esta situado a uma altitude de 540 metros.
Assim, parece ser significativo que uma das novas igrejas dos irmãos Baillard estivesse situada naquele lugar. Estes tinham ideias semelhantes às de Vintras, incluindo a insistência  na futura era do Espírito Santo e na sexualidade sagrada, portanto não é surpreendente que  elas tivessem a mesma origem. O movimento dos Baillard recebeu grande apoio, incluindo  o da Casa de Habsburgo. Mas, em 1852, também foi eliminado.
Depois da morte de Vintras, em 1875, o movimento foi entregue à direção do abade  Joseph Boullan (1824-1893) – uma figura ainda mais polêmica. Anteriormente, Boullan  seduzira uma jovem freira do convento de La Salette, Adèle Chevalier, e os dois fundaram  a Sociedade para Reparação das Almas, em 1859. Esta sociedade era definitivamente  baseada em ritos sexuais, a sua filosofia global era a de que a Humanidade encontraria a  redenção através do sexo, se a energia fosse usada como sacramento sagrado. Apesar da ideia, em si, parecer  de pura natureza alquímica, Boullan, infelizmente, estendeu os benefícios deste rito ao reino animal.
Diz-se que Boullan e Adèle Chevalier sacrificaram o seu filho, ainda criança, durante uma  missa negra, em 1860. Embora isto seja apresentado como um fato em toda a literatura  moderna, é impossível confirmá-lo junto de uma fonte credível. Se Boullan era conhecido  por ter cometido este crime, parece ter escapado à acusação. É verdade que, nesse ano, ele  foi suspenso das suas funções de sacerdote, mas a suspensão foi revogada alguns meses  depois. Em 1861, ele e Adèle foram presos por fraude (talvez a maneira mais habitual de as autoridades tratarem aqueles que detestam, mas a quem não podem acusar de nada). Ao ser condenado, Boullan foi novamente suspenso dos seus deveres sacerdotais,  mas, mais uma vez, a decisão foi revogada. Depois de ser libertado da prisão, apresentou-se  voluntariamente ao Santo Ofício (na época, o nome oficial da Inquisição) em Roma, que o  declarou não culpado e lhe permitiu regressar a Paris.
Enquanto esteve em Roma, Boullan registou as suas doutrinas num caderno (conhecido por  cahier rose, notoriamente pela cor da sua capa), que foi descoberto pelo escritor J. K.  Huysmans entre os seus papéis, depois da sua morte, em 1893. Os pormenores precisos do  conteúdo são desconhecidos – embora tivesse sido descrito como um «documento  chocante» – e o caderno está agora fechado à sete chaves na Biblioteca do Vaticano. Todos os  pedidos para o consultar são recusados. É evidente que a história de Boullan tem mais importância do que parece. Superficialmente,  parece uma história de um clube de pervertidos.
Contudo, parece que a Igreja o protegeu,  até certo ponto. Por exemplo, emitiu instruções para que ele não fosse molestado, e há  indicações de que ele estava na posse de algum tipo de segredo, que o protegia. A  história de Boullan adapta-se ao padrão clássico do agent provocateur, que se infiltra numa organização com o fim deliberado de a desacreditar – em benefício de outro grupo  diferente. Isso explicaria as flagrantes discrepâncias da sua vida e das atitudes oficiais em  relação a ele.
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Depois de regressar de Roma, Boullan ingressou na Igreja do Carmelo de Vintras e tornou- se seu chefe. A sua liderança provocou um cisma: os membros do culto, que o aceitaram,  acompanharam-no a Lyons, onde estabeleceram o seu quartel-general. Seguiram-se cenas  loucas de licenciosidade sexual – que, mais uma vez, parecem estar notavelmente em  desacordo com a declaração de Boullan: a de que ele era a reencarnação de João Batista.
Essa ideia pode ter inspirado, pelo menos, o nome escolhido por J. K. Huysmans (um  devoto do culto da Madona Negra), que usou Boullan como modelo do «Dr. Johannès» (um  dos pseudônimos de Boullan) do seu romance sobre o satanismo de Paris, Lá-Bas (Lá em  Baixo) (1891). No entanto, seria um erro tirar a conclusão óbvia – o Dr. Johannes era  retratado como um sacerdote que praticava magia para contra-atacar o satanismo e que foi  mal interpretado pela Igreja, a qual condenava toda a magia como sendo diabólica.  Huysmans protegeu Boullan e passou algum tempo com ele, em Lyons, enquanto fazia pesquisas para o seu romance, mas, apesar de ser muito versado em magia, teoricamente,  pelo menos, manteve-se sempre um verdadeiro filho da Igreja.
A página 183 do livro Lá-Bas continua a ser evocada, sobretudo pela sua chocante descrição de uma missa negra,  que parece ser o relato de uma testemunha ocular. Contudo, os verdadeiros vilões da peça são os rosacruzes, devido à notória batalha mágica entre Boullan e membros de certas  Ordens rosacruzes que floresciam na França dessa época. Podia parecer incongruente  que fossem os rosacruzes os grandes adversários de Boullan e de tudo o que ele  representava. É evidente que o conflito possa ter sido apenas um daqueles choques de  personalidade que habitualmente atingem estes movimentos – mas talvez certos  rosacruzes estivessem alarmados com a falta de reserva de Boullan relativamente aos  seus segredos.
A França tornara-se o refúgio de numerosas lojas ocultistas por este tempo. Várias Ordens rosacruzes representavam uma continuação da fusão de movimentos templaristas – maçônicos –  rosacruzes do sudoeste de França. Embora não fossem estritamente Ordens maçônicas,  eram, de certo, aliadas dos sistemas maçônicos ocultistas, como o Rito Escocês Retificado  e os ritos egípcios. Tanto os grupos maçônicos como os rosacruzes adotaram a filosofia  martinista – os ensinamentos ocultistas de Louis Claude de Saint-Martin. De fato, a  importância do martinismo não deve ser facilmente subestimada: os maçônicos do Rito  Escocês Rectificado atual recrutam os seus membros exclusivamente entre os martinistas 
A primeira destas organizações rosacruzes parece ter sido uma ramificação de uma loja  maçônica, algo irregular, conhecida por La Sagessa (Sabedoria ou Sophia) de Toulouse.  Em 1850, um dos seus membros, o visconde de Lapasse (1792-1867), respeitável médico e  alquimista, fundou a Ordem de La Rose-Croix, du Temple et du Graal (Ordem da Rosacruz,  do Templo e do Graal). Um subsequente dirigente desta ordem foi Joséphin Péladan (1859-1918), que também era de Toulouse e se transformou no que se podia designar por  padrinho das sociedades rosacruzes francesas daquela época.
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Péladan era um grande perito em ocultismo, tendo sido inspirado pelo escritor francês  Eliphas Lévi (o seu verdadeiro nome era Alphonse Louis Constant, (1810-1875). Péladan  criou um sistema de magia que foi descrito como «catolicismo erótico-mágico» e  organizou o popular Salon de La Rose + Croix. (Curiosamente, foi num cartaz que  anunciava uma destas reuniões que Dante foi retratado como Hugues de Payens, primeiro  grão-mestre dos Templários, e Leonardo é representado como guardião do Graal). Péladan pensava que a Igreja Católica era um repositório de  conhecimento, que ela própria esquecera, e estava particularmente interessado no  Evangelho de João. Também estava avançado, em relação à escolaridade moderna, ao  ter a percepção de que os fidele d’amore eram uma sociedade esotérica, que ele associava especificamente aos  rosacruzes do século XVII.
Péladan conheceu outro ocultista, Stanislas de Guaïta (1861-1898), e os dois fundaram a  Ordre Kabbalistique de La Rose-Croix (Ordem Cabalística da Rosacruz), em 1888. Foi  Guaïta quem se infiltrou na Igreja do Carmelo de Boullan e, juntamente com Oswald Wirth,  um decepcionado membro daquele culto, escreveu o livro O Templo de Satã, que  denunciava o movimento como sendo diabólico. Esta denúncia provocou um combate de  mágicos, no qual Boullan e Guaïta se acusaram mutuamente de usar meios mágicos para assassinar o outro.
Lamentavelmente, Boullan parece ter morrido de causas naturais, mas, inevitavelmente, a  contenda provocou dois verdadeiros duelos, um entre Guaïta e um dos discípulos de  Boullan, Jules Bois, e o outro entre o último e um dos rosacruzes, Gérard Encausse  (mais conhecido por Papus). Os dois duelos terminaram em empates.
Este episódio é um dos favoritos dos autores que escrevem sobre ocultismo, mas nunca foi satisfatoriamente explicado. Por que deveriam Guaïta e os rosacruzes intentar uma  vendeta contra Boullan? (Lembremos que, neste contexto, temos apenas a palavra de  Guaïta e de Wirth, relativamente às alegadas provocações cometidas por Boullan e pelos  seus adeptos.) Em face disto, não existe uma verdadeira ligação, ou razões para disputa,  entre as lojas ocultistas e a Ordem de Boullan, essencialmente religiosa.
Contudo, um maior aprofundamento revela o motivo: De Guaïta e um tribunal rosacruciano  já tinham condenado Boullan por «profanar» e revelar «segredos cabalísticos» – isto é, os  ensinamentos que eram considerados domínio dos rosacruzes. (E a condenação  ocorrera a 23 de Maio de 1887, antes de Guaïta se ter infiltrado no grupo de Boullan). Esta  foi a verdadeira razão que os levou a sentir que Boullan tinha de ser obrigado a deter-se.
Parece que outros comentadores não notaram as implicações deste fato: se os ritos de  Boullan fossem considerados como algo que pertencia aos rosacruzes, então, também  eles deviam ter praticado ritos sexuais. O erro de Boullan, a seus olhos, residia no fato de tornar os ritos públicos.
A Paris do final do século XIX era centro de grande divulgação de ocultismo e de filosofia  – refletindo, talvez, a demanda de fin de siècle da busca de um significado mais profundo da vida.  Atraía todo o gênero de pensadores e artistas, como Oscar Wilde, Debussy e W. B. Keats.  (Como sempre, a verdadeira união europeia era uma irmandade secreta.) Os salões estavam  cheios de caras famosas, que estavam tão ansiosas de aprender fórmulas mágicas como de  tomar conhecimento de boatos, como Marcel Proust, Maurice Maeterlink e a cantora de ópera, Emma Calvé (1858-1942).
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O EQUILÍBRIO entre o masculino e o feminino no mesmo ser é fundamental no processo evolutivo humano.
Uma famosa beldade, Emma eventualmente organizava as suas próprias soirées para todos os que tivessem alguma coisa interessante  para partilhar – de preferência, algum grande segredo oculto. Estes círculos também incluíam pessoas como Joséphin Péladan, Papus e Jules Bois (um dos muitos amantes de  Emma Calvé).
Muitas das principais figuras destes círculos eram oriundas do Languedoc, incluindo a  própria Emma Calvé. (O misticismo não lhe era desconhecido: fora uma sua parente,  Melanie Calvet, que tivera a famosa visão de La Salette. E, curiosamente, Adèle Chevalier,  a freira que fora seduzida por Boullan e se tornara sua companheira, era uma das amigas de  Melanie.) Era Emma Calvé que iria desempenhar um importante papel na complicada  história do abade Saunière, pároco da aldeia do Languedoc, na pequena vila de Rennes-le-Château, que  discutiremos mais tarde.
Sugestivamente, em 1894, Emma comprou o castelo de Cabrières (Aveyron), próximo da  sua terra natal, Millau, que, segundo se dizia, servira de esconderijo ao muito procurado  livro do judeu Abraão e que fora usado por Nicolas Flamel para realizar a Grande Obra. Na sua  autobiografia, Calvé registra que o castelo «era o refúgio de um certo grupo de Cavaleiros  Templários», mas, infelizmente, não acrescenta mais pormenores.
Outros importantes grupos ocultistas tinham surgido no Languedoc e vieram a relacionar-se  com as sociedades rosacruzes. Estas foram influenciadas pela Maçonaria da Estrita  Observância Templária do Barão von Hund, embora a maior influência surgisse por  intermédio do conde Cagliostro (1743-1795), uma figura muito difamada.
Geralmente conhecido como charlatão, este natural exibicionista era um genuíno  investigador do conhecimento ocultista. Nascido Giuseppe Bálsamo, adotou o título,  pertencente a sua madrinha, de conde Alessandro Cagliostro. Foi iniciado no ocultismo aos  23 anos, durante uma visita a Malta, onde conheceu o grão-mestre dos Cavaleiros de Malta  – alquimista e rosacruze. O próprio Cagliostro adquiriu o gosto pelo ocultismo e tornou- se alquimista e maçônico e foi muito influenciado pela Estrita Observância Templária de  Hund. 
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A sua introdução na Maçonaria ocorreu em Gerrad Street, no Soho de Londres, onde  foi iniciado numa loja da Estrita Observância Templária, em Abril de 1777. Viajou por toda  a Europa, mas passou a maior parte da vida na Alemanha, procurando especificamente o conhecimento perdido dos Templários. Também granjeou reputação de curandeiro.
Em 1789, depois de receber autorização do papa para visitar Roma, à chegada foi imediatamente entregue à Inquisição, sob a acusação de heresia e conspiração política – por  ordem do papa – e condenado a prisão perpétua. Morreu nas masmorras da fortaleza de San Leo, em 1795.
Cagliostro instituíra o sistema de Maçonaria «Egípcia» (a loja-mãe foi fundada em 1782,  em Lyons), que consistia em lojas masculinas e femininas, sendo as últimas dirigidas por  sua esposa, Serafina. Lévi descreve este sistema como uma tentativa «para ressuscitar o  misterioso culto de Ísis».
Os frutos das investigações de Cagliostro sobre as sociedades ocultistas da Europa  formavam um corpo de conhecimento conhecido por Arcana Arcanorum (Segredo dos  Segredos) ou AA. Esta expressão foi extraída dos rosacruzes do original do século XVII,  mas a sua coleção de escritos consiste em descrições de práticas mágicas que sublinham  especialmente a «alquimia interna». Como vimos, estas são essencialmente técnicas  sexuais, de caráter idêntico ao tantrismo – mas Cagliostro aprendera-as na Alemanha com  os grupos rosacruzes.
Foi com autorização de Cagliostro que o Rito de Misraïm foi criado em Veneza, em 1788.  Em 1810, os três irmãos Bédarride introduziram o sistema na França, onde foi incorporado  na Maçonaria do Rito Escocês Retificado.
O Rito de Misraïm foi o antecedente direto do Rito de Mênfis (Egito) – que, como vimos, fora  fundado por Jacques-Étienne Marconis de Nègre, ao qual o Priorado de Sião se associou.  (Os dois sistemas unificaram-se como Rito de Mênfis-Misraïm, durante o grão-mestrado de  Papus, que manteve a sua direção até à morte, em 1918.) O Rito de Mênfis também estava  relacionado com uma sociedade secreta, os Filadelfianos, que fora fundada pelo marquês de  Chefdebien, em 1780 – outra ramificação da Estrita Observância Templária de Hund,  embora fosse especialmente destinada à aquisição de conhecimento ocultista. Marconis de  Nègre reforçou a estreita ligação com os filadelfianos e denominou um dos graus do seu  movimento «Os Filadelfos».
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O Olho Esquerdo de Hórus, símbolo da escola iniciática FEMININA no antigo Egito.
Nenhum dos ritos – de Mênfis ou Misraïm – era, por si mesmo, particularmente influente.  Mas, em conjunto, como Mênfis-Misraïm, eram um poder a ter em consideração, e as suas  influências se alastraram, como uma onde gigantesca, pelo secreto mundo do ocultismo  europeu. Entre os seus membros encontravam-se celebridades misteriosas, como o ocultista  britânico Aleister Crowley, e luminares místicos, como Rudolf Steiner. E também Karl  Kellner, que, eventualmente, em conjunto com Theodore Reuss, iria fundar a Ordem dos Templários do Oriente, mais conhecida simplesmente por OTO.
Esta organização era – e é – explicitamente relativa à magia sexual. E, embora seja  geralmente considerada como representação da ocidentalização do tantrismo, era também o desenvolvimento lógico dos segredos  ensinados no Mênfis-Misraïm – os quais provinham do conhecimento transmitido a Cagliostro pelos grupos alquímicos rosacruzes da Alemanha e pelas lojas da Estrita Observância Templária.
Crowley abandonou o rito Mênfis-Misraïm para aderir à OTO, tendo-se tomado seu grão- mestre, e Rudolf Steiner foi outra figura influente que abandonou o primeiro para ingressar  na OTO. Steiner foi mais famoso pelo seu gênero «puro» de misticismo – antroposofia – e,  deliberadamente, minimizou a sua associação com a OTO, com tanto êxito que muitos dos  seus ardentes seguidores modernos não têm conhecimento dela. Quando morreu, no  entanto, foi enterrado com as suas insígnias da OTO.
Curiosamente, Theodore Reuss escreveu que a magia sexual da OTO era: «a CHAVE que  abre todos os segredos maçônicos e herméticos […]». E acrescentou, sem rodeios, que a magia sexual era o segredo dos  Cavaleiros Templários.
Outra ramificação do movimento Mênfis-Misraïm tomou forma em Inglaterra, no final do  século XIX: a ordem hermética Golden Dawn, cujos membros incluíam o empresário  teatral Bram Stoker, mais famoso por ser o autor de Drácula, Aleister Crowley, o poeta,  patriota e místico W. B. Yeats e a sociável Constance Wilde, esposa do condenado Wilde.  Fundada em 1888 por Macgregor Mathers e W. Wynn Westcott, a sua linha direta de  descendência remonta à Cruz Ouro e Rosa, a Ordem da Estrita Observância Templária da Alemanha, discutida no último capítulo, e muitos dos seus graus e rituais têm a mesma  origem.
A Golden Dawn também praticava ritos provenientes de Mênfis-Misraïm.  Afinal, a ordem devia o seu patromónio ao barão Von Hund – em última análise, as  influências alemã e francesas remontam a Von Hund e aos seus ritos templaristas. A Golden Dawn é muito mais conhecida no mundo de língua inglesa do que outros grupos  europeus mais exóticos.
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Tem reputação de grande integridade e parece, à primeira vista, ser uma sociedade de  esotéricos, que gostam de vestir trajes de cerimônia e proferir encantamentos, mas que,  basicamente, eram pouco mais do que ocultistas de altos ideais, que se reuniam depois de  jantar. Contudo, entre os eruditos ocultistas franceses, a Golden Dawn tem uma reputação  muito mais sinistra; quando inaugurou a sua filial parisiense, em 1891, admitiu muitas das  figuras mais dúbias que já discutimos, incluindo o aparentemente ubíquo Jules Bois.
De fato, mesmo a Golden Dawn inglesa tinha um aspecto pouco conhecido e mais  profundo. Efetivamente, eram duas ordens distintas: por um lado, tinha um rosto público  conhecido e respeitável, por outro, existia uma ordem interna, denominada a Rosa de Rubi e a Cruz de Ouro, na qual a iniciação era feita apenas por convite. A ordem externa parece ter atuado como campo  de recrutamento para o secreto círculo interno, cujas práticas incluíam ritos sexuais.
É certo que a Golden Dawn guardava bem os seus segredos. Durante anos, mesmo os  escritores, como Katan Shu’al, que fazem parte do mundo ocultista apenas podiam  especular sobre os ritos sexuais daquela ordem. Contudo, parece que eles existiam, de  fato, embora as provas sejam fragmentadas. Na realidade, parece que os elementos sexuais  estiveram presentes desde a fundação da ordem. A Golden Dawn desenvolveu-se a partir de  uma outra sociedade, a Societas Rosicruciana de Anglia, que teve entre os seus fundadores  um certo Hargrave Jennings (1817-1890), cujos escritos eram tão explícitos quanto os de  um cavalheiro vitoriano podiam ser sobre o tema da magia sexual.
Na sua obra compacta  The Rosicrucians: Their Rites and Mysteries (1870), Jennings, nas palavras do autor Peter  Tompkins, «sugeria, o mais insistentemente possível, que estes ritos e mistérios eram de  uma natureza fundamentalmente sexual». Por exemplo, ao discutir o simbolismo  sexual dos triângulos interligados que formam o Selo de Salomão (ou a Estrela de David),  Jennings acrescenta, explicitamente:
[…] a pirâmide indica o correspondente poder feminino, tumefato ou emergente – não  submisso, mas correspondentemente sugestivo, sincronizado no clítoris anatômico […] esse  minúsculo e excêntrico objeto, que significa tudo na anatomia rosacruz.
A 18 de Julho de 1921, Moina Mathers – uma das fundadoras da Golden Dawn (e irmã do  filósofo Henri Bergson) – escreveu a Paul Foster Case, tutor da filial nova-iorquina da  ordem, ao saber que ele estava ensinando ritos sexuais:
Lamento que alguma coisa sobre a questão sexual se tivesse registado no templo, nesta  fase, porque nós apenas começamos a abordar diretamente questões sexuais, em graus  bastante mais elevados […].
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Depois, quando a escritora ocultista e membro da Golden Dawn, Dion Fortune (Violet Firth  era o seu verdadeiro nome) escreveu artigos sobre sexo, Moina queria expulsá-la por trair os segredos da ordem. Mas, eventualmente, teve de reconhecer que Dion Fortune não os  podia ter conhecido porque não atingira os graus necessários. Comentadores, como  Mary K. Greer, admitem agora que há provas que apoiam a idéia de que a Golden  Dawn praticava, na realidade, magia sexual, que é considerada demasiado poderosa e preciosa para ser desperdiçada com os mais recentes membros recrutados e com graus  inferiores.
Indicações sobre os segredos internos da Golden Dawn também se encontram nas palavras  que descrevem uma visão conjunta que Florence Farr e Elaine Simpson, duas adeptas daquele sistema, tiveram em 1890. A primeira, uma famosa atriz do teatro londrino,  também era célebre pelos seus casos amorosos com vários homens, incluindo George  Bernard Shaw e o irmão ocultista W. B. Yeats. Florence e Elaine, sua colega de magia,  empreenderam, em conjunto, uma viagem astral – uma espécie de aventura geminada nos  Planos Interiores ou uma alucinação partilhada. Este fenômeno é uma parte muito comum  da preparação mágica e faz parte da «trajetória» cabalística, uma espécie de projeção ou  associação de imagens astral que se enquadra na clássica estrutura da «Árvore da Vida».
Florence e Elaine partiram para visitar a «esfera de Vênus», na sua visão mental conjunta.  O culminar da sua viagem astral revestiu a forma de um encontro com um surpreendente  arquétipo feminino, que disse, com um sorriso:
“Sou a poderosa; a mais poderosa do mundo. Sou aquela que não combate, mas é sempre vitoriosa. Sou aquela Bela Adormecida que os homens sempre procuraram. Os caminhos que conduzem ao meu castelo estão rodeados de perigos e ilusões. Os que não me encontram adormecem; ou podem perseguir sempre a Fata Morgana, que desencaminha todos os que sentem influência ilusória. Eu elevo-me nas alturas e atraio os homens para mim. Sou o desejo do mundo, mas poucos me encontram. Quando o meu segredo for revelado, será o segredo do Santo Graal […]”
“Dei o meu coração ao mundo, que é a minha força. O Amor é a Mãe do Homem-Deus,  dando a quinta-essência da sua vida para salvar a Humanidade da destruição e mostrar-lhe o  caminho para a vida eterna. O Amor é a Mãe do Cristo-Espírito, e este Cristo é o amor  supremo. Cristo é o coração do amor, o coração da Grande Mãe ÍSIS, a Ísis da Natureza. Ele  está na expressão do poder dela. Ela é o Santo Graal, e Ele é o sangue vital do Espírito que  se encontra na taça”.
Estas palavras eram acompanhadas de vivas imagens de uma taça que continha um fluido  cor de rubi e uma cruz de três braços.
À primeira vista, isto pode parecer uma trapalhada, típica da «New Age», com Jesus e a  deusa egípcia ÍSIS confundidos com a noção do santo Graal, simplesmente porque parece  arcano e místico. Mas, como escreveu o falecido perito ocultista Francis X. King, há dois  pontos importantes nesta visão: «O primeiro é a identificação da Virgem Maria, `Mãe do  Homem-Deus’, com Vênus, deusa do amor – isto é, o amor sexual, eros, não ágape. O segundo é a identificação do Graal… com  Vênus, o arquétipo do yoni ou órgão de reprodução feminino.”
Muitos leitores modernos talvez interpretassem cinicamente a visão conjunta destas  senhoras como uma espécie de realização desejada, uma fantasia sexual conjunta,  especialmente se considerarmos a colorida reputação de Florence Farr, a contrapartida  britânica de Emma Calvé. Contudo, foi suposto que a visão tivesse revelado um segredo,  que estava em harmonia com a filosofia mágica da Golden Dawn, e Francis X. King  mostrou-se intrigado quanto à origem das imagens que as duas mulheres referiram, considerando que a sociedade não estava, supostamente, relacionada com qualquer tipo de  rito sexual. Esta visão, no entanto, sugere fortemente que estava, embora também estes  ritos pareçam estar destinados apenas aos iniciados nos mais altos graus, o círculo interno.
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ÍSIS e MAAT
É significativo que a visão associe ÍSIS ao Graal e ao sexo, o que não teria sido estranho aos  alquimistas, aos gnósticos ou aos trovadores. Que o Graal – considerado aqui como a taça  tradicional – seja um símbolo feminino é facilmente compreendido pela nossa sociedade  pós-freudiana, mas era ainda uma revelação para os que a antecederam. Mas, aqui, o fluido  vermelho, o sangue que ele contém, é transportado por ÍSIS…
Curiosamente, o tema da Bela Adormecida, mencionada no relato da visão das duas  mulheres, também figura largamente em Le serpent Rouge (A Serpente Vermelha), o texto-chave do Priorado de  Sião. A busca da Bela Adormecida é um tema repetido e está entrelaçado com o da  demanda da rainha de um reino perdido. Como vimos, esse documento também revela uma  preocupação com Maria Madalena e ÍSIS, combinando as duas, de forma característica, na  mesma figura.
A demanda de uma rainha é uma imagem alquímica, portanto não nos devíamos  surpreender por encontrar estas personificações de sexualidade – Madalena e ÍSIS – como  seu objeto. Curiosamente, embora, mesmo atualmente, o papel da sexualidade dos  movimentos heréticos e ocultistas quase não seja reconhecido ou admitido, a sua  importância dificilmente pode ser exagerada. O sexo nunca foi uma questão secundária ou  um ponto fraco pessoal, mas esteve no âmago das mais poderosas organizações secretas.
A tradição que mais nos interessa, e que é o motivo desta investigação, está dependente, de  fato, do conceito de sexualidade sagrada. Como vimos, esta tradição parece ser constituída  por dois ramos principais – o da reverência pela Madalena e o da reverência por João  Batista. Nesta fase da nossa investigação, encaramos a possibilidade de que Madalena  fosse apenas uma figura simbólica, que representava a ideia de sexo sagrado, e que a sua  imagem não estivesse relacionada com nenhuma personalidade histórica real. Em qualquer caso, a relação entre Maria Madalena e o sexo não é difícil de compreender e parece perfeitamente  natural.
Mas não é assim, na realidade, quando consideramos o ramo de João Baptista e a ideia de  sexualidade sagrada. O relato bíblico e a tradição cristã criaram a imagem duradoura e  fascinante de um homem que era extremamente ascético – uma espécie de imagem de John  Knox -, de moral intransigente e de inflexível celibato. Como podia, exatamente ele, ter  sido importante para qualquer culto baseado em práticas sexuais? Superficialmente, parecia  que não havia, e nunca poderia haver, semelhante relação – mas, repetidamente, a nossa  investigação revelava que gerações de ocultistas, pelo menos, acreditavam que ela existia.  E, como vimos no caso da Golden Dawn, as primeiras impressões dos grupos ocultistas podem ser muito enganadoras. A sua verdadeira raison d’être pode ter implicações  surpreendentes.
Florence Farr e os seus colegas da Golden Dawn pertenciam a um vasto círculo de  ocultistas internacionais, que incluíam Pèledan e Emma Calvé. As sociedades a que  estavam ligados eram extremamente influentes e foi aquela rede de sociedades que  constituiu a estrutura de um dos mais famosos mistérios de França; um mistério que tem  uma relação particular com o Priorado de Sião.
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O foco de todos os Dossiers Secrets e do material afim emanados do Priorado de Sião é, inequivocamente, o mistério de Rennes-le-Château. Por exemplo, Le serpent rouge fez  repetidas alusões a lugares situados naquela aldeia e em seu redor. Dificilmente podíamos  evitar voltar a nossa atenção para Rennes-le-Château, e encontramo-nos, mais uma vez, no  Languedoc – a pátria da heresia.
Continua …

AGHARTA - I - Visita ao Reino da Terra Interior

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Livro “The Smoky God” ou Uma Viagem ao Mundo Interior do reino de AGHARTA
Temo que essa história aparentemente incrível, que eu vou relatar será considerada como o resultado de um intelecto distorcido e superexcitado, pelo glamour de desvendar um mistério maravilhoso, mais do que um registro verdadeiro das experiências      incomparáveis  ​​relatadas por  Olaf Jansen, cuja eloquente loucura então apelou para a minha imaginação em que todo pensamento e crítica analítica foram efetivamente dissipados pela beleza da sua História …
Tradução, edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com
“Ele é o Deus que se senta no centro, sobre o umbigo da terra, e ele é o intérprete da religião para toda a humanidade.” – Platão.
The Smoky God, or A Voyage Journey to the Inner Earth“, é um “romance” publicado em 1908 por Willis George Emerson, que o apresenta como um relato verdadeiro de um marinheiro norueguês chamado Olaf Jansen, e explica como o saveiro dele navegou através de uma entrada no polo norte para o interior da Terra onde ele entrou em contato com uma outra civilização.
PRIMEIRA PARTE: Prefácio do Autor Willis G. Emerson
 Marco Polo, sem dúvida, se vira  inquieto em seu túmulo sobre a estranha história que eu sou chamado a contar; uma história tão estranha como a de um conto de Munchausen. Também é incongruente que eu, um descrente, devo ser o único a editar a história de Olaf Jansen, cujo nome é agora pela primeira vez dado ao conhecimento ao mundo, ainda que doravante se deva classificar como um dos homens mais notáveis ​​da terra.
Confesso livremente que as suas declarações não admitem uma análise racional, mas tem a ver com o mistério profundo a respeito do Polo Norte congelado que durante séculos tem reivindicado a atenção de cientistas e leigos.
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Capa do livro, The Smoky God, or a Voyage to the Inner World, de Willis George Emerson
Por mais que a narrativa esteja em desacordo com os manuscritos cosmográficos do passado e atual, essas declarações simples podem ser invocadas como um registro das coisas que Olaf Jansen afirma ter vivido e visto com os seus próprios olhos.
Cem vezes eu tenho me perguntado se é possível que a geografia do mundo esteja incompleta, e que a narrativa surpreendente de Olaf Jansen seja baseada em fatos comprováveis. O leitor pode ser capaz de responder a estas perguntas para sua própria satisfação, no entanto longe o cronista desta narrativa pode estar de ter chegado a uma convicção firme. No entanto, às vezes, até eu estou conjecturando para saber se eu fui levado para longe de uma verdade abstrata pelo ignes fatui (fogo fátuo) de uma superstição inteligente, ou se os fatos até então aceitos são, afinal, fundados na falsidade.
Pode ser que o verdadeiro lar de Apolo não estivesse em Delphi (Oráculo de Delphus, Grécia), mas em que o centro da terra mais antiga do que fala Platão, onde ele diz que:
“A verdadeira casa de Apolo está entre os hiperbóreos, em uma terra de vida perpétua, onde a mitologia nos diz que duas pombas voando dos dois lados opostos do mundo reuniram-se nesta região, onde fica a casa do Apollo. Na verdade, de acordo com Hecataeus, Leto, a mãe de Apolo, nasceu em uma ilha no Oceano Ártico muito além do vento norte.”
Não é minha intenção tentar uma discussão sobre a teogonia das divindades gregas nem a cosmogonia do mundo. Meu dever é simplesmente o de iluminar o mundo a respeito de uma parte até então desconhecida do universo, como foi visto e descrito pelo antigo nórdico, Olaf Jansen.
O interesse na pesquisa do gelado Norte é internacional. Onze nações estão envolvidas ou têm contribuído para o trabalho perigoso de tentar resolver um mistério restante da Terra cosmológica. Existe um ditado, tão antigo como as montanhas, de que “a verdade (sempre) é mais estranha do que a ficção”, e de uma forma mais surpreendente este axioma foi trazido para dentro de minha casa nos últimos dias.
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Duas imagens diferentes da Terra e do polo norte apresentando a mesma anomalia (destaque) no “topo do planeta”, uma provável abertura para um mundo interior.
Eram apenas duas horas da manhã, quando eu acordei excitado de um sono repousante pelo toque vigoroso de sino da minha porta. O perturbador noturno prematuro provou ser um mensageiro trazendo uma nota, rabiscada quase ao ponto da ilegibilidade, a partir de um nórdico antigo com o nome de Olaf Jansen. Depois de muita decifração, li a escrita, que simplesmente dizia: “.. Estou doente e à beira da morte, venha me ver”. A chamada era imperativa, e eu não perdi mais tempo em fazer-me pronto para cumprir com o chamado.
Talvez eu possa também explicar aqui que Olaf Jansen, um homem que muito recentemente comemorou seu nonagésimo quinto aniversário, nos últimos seis anos esteve vivendo sozinho em um bangalô despretensioso e fora da região central de Glendale, a uma curta distância da zona empresarial de Los Angeles, estado da Califórnia, nos EUA.
Foi há menos de dois anos, enquanto eu fazia uma caminhada certa tarde, que eu fui atraído pela casa de Olaf Jansen, um ambiente acolhedor, pelo seu proprietário e ocupante, a quem mais tarde vim a saber como um crente no antigo culto de Odin e Thor, as divindades míticas dos povos nórdicos.
Havia uma suavidade em seu rosto, e uma expressão gentil nos olhos cinzentos sutilmente alertas deste homem que viveu mais de noventa anos; e, além disso, um sentimento de solidão que apelava pela minha simpatia. Ligeiramente curvado, e com as mãos cruzadas atrás de si, ele andava para trás e para frente com passos lentos e medidos, no dia em que nos conhecemos. Mal saberia dizer qual foi o motivo especial que me impeliu a fazer uma pausa na minha caminhada e conversar com ele. Ele parecia satisfeito quando eu elogiei a atratividade existente no seu bangalô, e nas videiras e flores bem cuidadas em agrupamentos em profusão sobre sua janelas, telhado e amplo terreno.
Logo descobri que o meu novo amigo não era uma pessoa comum, mas um profundo estudioso a um grau notável; um homem que, nos últimos anos de sua longa vida, havia cavado profundamente em livros e que se tornou muito forte no poder do silêncio meditativo.
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Foto de satélite também mostrando a existência de um “buraco” no polo norte.
Eu o encorajei a falar, e logo deduzi que ele residia apenas seis ou sete anos no sul da Califórnia, mas havia passado uma dúzia de anos antes em um dos países do Oriente Médio. Antes disso, ele tinha sido um pescador na costa da Noruega, no gelado e inóspito Mar do Norte na região das Ilhas Lofoden, de onde ele tinha feito viagens ainda mais ao norte, ao Spitzbergen e até Franz Josef Land.
Quando eu comecei a encaminhar a minha retirada, ele parecia relutante em deixar-me ir embora de seu bangalô, e me pediu para vir novamente. Embora na época eu não pensasse em nada, eu me lembro agora que ele fez uma observação peculiar enquanto eu estendia minha mão em despedida. “Você vai voltar?” ele perguntou. 
“Sim, você vai voltar algum dia eu tenho certeza que você vai voltar; e então eu vou mostrar-lhe a minha biblioteca e dizer-lhe muitas coisas com as quais você nunca sonhou, coisas tão maravilhosas que pode ser que você não vai acreditar em mim.”
Eu, rindo, assegurei-lhe que eu não iria apenas voltar, mas estaria pronto para acreditar que ele poderia optar por me contar sobre suas viagens e aventuras.
Nos dias que se seguiram eu me tornei bem familiarizado com Olaf Jansen, e, pouco a pouco, ele me contou a sua história, tão maravilhosa, que seus desafios muito ousados desafiam a razão e a crença. O velho Norseman (Homem do Norte)  sempre se expressou com tanta seriedade e sinceridade que fiquei encantado com suas estranhas narrações.
Depois vieram os mensageiros me chamar àquela noite, e rápido eu me dirigi ao bangalô onde residia Olaf Jansen. Ele estava muito impaciente com a longa espera pela minha chegada, embora depois de ser convocado eu tinha vindo imediatamente ter à sua cabeceira.
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“Devo me apressar”, ele exclamou, enquanto ele ainda segurava minha mão em saudação. “Eu tenho muito para lhe dizer e que você não sabe, e eu não vou confiar em mais ninguém além de você. Eu percebi isso totalmente,” ele continuou apressadamente, “que não devo sobreviver à esta noite. Chegou o momento para eu me juntar a meus pais, no bom sono (da morte)”
Ajustei os travesseiros para torná-lo mais confortável, e assegurei-lhe de que eu estava feliz por ser capaz de servi-lo de qualquer maneira possível, pois eu estava começando a perceber a gravidade de sua condição.
O adiantado da hora, a quietude do ambiente, a sensação estranha de estar a sós com o moribundo, junto com sua história estranha, tudo combinado para fazer o meu coração bater mais rápido e forte, com uma sensação de que eu não tenho, mesmo hoje, como nomear. Na verdade, houve muitas vezes que varei a noite sentado no velho sofá de Olaf Jansen, e houve muitas vezes desde então, quando uma sensação e não uma convicção tomou posse da minha alma, e eu parecia não apenas acreditar, mas realmente ver, as terras estranhas, as pessoas estranhas e o estranho mundo de que ele me disse existir, de ter conhecido e de ouvir o coro de orquestra poderosa de mil vozes luxuriosas.
Por mais de duas horas, ele parecia dotado de força quase sobre-humana, falando rapidamente, e ao que tudo indica, de forma racional. Finalmente, ele me deu em minhas mãos alguns dados, desenhos e mapas, material bruto.”Estes papeis”, disse ele, concluindo:
“Deixo em suas mãos. Se eu puder ter a sua promessa de revelar esta história para o mundo, eu morrerei feliz, porque eu desejo que as pessoas possam conhecer a verdade, e então, todo o mistério sobre a congelada terra do Norte (Northland) será explicado. Não há nenhuma chance de seu sofrimento ser igual ao destino que eu sofri. Eles não vão colocar você em ferros, nem vão interná-lo em uma casa de loucos, porque você não está contando a sua própria história, mas a minha, e eu, graças aos deuses, Odin e Thor, já estarei em minha sepultura, e assim fora do alcance dos descrentes que sempre perseguem os que falam da verdade“.
Sem um pensamento dos resultados de longo alcance e a promessa dela decorrentes, ou prevendo as muitas noites sem dormir que a obrigação, desde então, me trouxe, eu dei a minha mão e com ela a promessa de cumprir fielmente o seu desejo antes dele morrer.
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À medida que o sol se levantou sobre os picos de San Jacinto, no extremo leste, o espírito de Olaf Jansen, o navegador, o homem do norte distante e gelado, o explorador e adorador de Odin e Thor, o homem cujas experiências e viagens, como relacionadas, são, sem paralelo na história conhecida do mundo, faleceu, e eu fui deixado sozinho com os mortos (os que vivem, mas não tem consciência).
E agora, depois de ter pago os últimos ritos fúnebres para com esse homem estranho das Ilhas Lofoden, e o ainda mais longínquo “norte”, o explorador corajoso de regiões geladas, que, em seus anos de declínio (depois de ter ultrapassado os quatro pontos cardeais navegando) tinha procurado um asilo de paz repousante na ensolarada Califórnia, eu me comprometi a tornar pública a sua extraordinária história.
Mas, antes de tudo, deixem-me fazer uma ou duas reflexões: Uma geração sucede outra geração, e as tradições do passado nebuloso são transmitidas de pai para filho, mas por algum motivo, o estranho interesse na desconhecida terra do gelo não se abate com a passagem dos anos, ou nas mentes dos ignorantes ou do tutelado.
Com cada nova geração um impulso inquieto agita os corações dos homens para capturar a cidadela velada e escondida do Ártico, o círculo do silêncio, a terra das geleiras, os resíduos das águas frias e ventos que são estranhamente quentes. Crescente interesse se manifesta sobre os icebergs montanhosos, e as especulações maravilhosas são o espetáculo de respeito ao centro da terra da gravidade, o berço das marés, onde as baleias têm seus berçários, onde a agulha magnética enlouquece, onde a Aurora Boreal ilumina  e colore pintando a noite com cores iridescentes, e onde os espíritos bravos e corajosos de todas as gerações se atrevem a aventurar e explorar, desafiando os perigos da “terra mais distante do Norte.”
Uma das mais hábeis obras escritas dos últimos (já quase 130) anos é “Paradise Found—the Cradle of the Human Race at the North Pole (1885)” – Paraiso Encontrado, o berço da raça humana no Pólo Norte -, de William F. Warren. Em seu volume cuidadosamente preparado, o Sr. Warren quase colocou o dedo sobre a verdade, mas a perdeu aparentemente por apenas um fio de cabelo, se a revelação do velho homem do norte (Olaf Jansen) for verdade. O Dr. Orville Leech, um cientista, em um artigo recente, diz: 
“As possibilidades de existir terra dentro da terra chamaram primeiro a minha atenção quando eu peguei um geodo nas margens dos Grandes Lagos O Geodo é uma pedra esférica e, aparentemente, sólida, mas quando quebrada é oca e revestido com cristais. A Terra é apenas uma grande forma de um geodo, e a mesma lei que criou o geodo em sua forma oca, sem dúvida, formou a Terra, do mesmo modo e formato”.
Ao apresentar o tema desta história quase inacreditável, como ditada por Olaf Jansen, e complementada por manuscritos, mapas e desenhos crus que me foram confiados por ele no momento de sua morte, uma introdução apropriada é encontrada na seguinte citação:
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“No princípio criou Deus os céus e a terra, e a terra era sem forma e vazia”. e também: “Deus criou o homem à sua própria imagem e semelhança.” Portanto, mesmo em coisas materiais, o homem deve ser semelhante a Deus, porque ele é à semelhança do Pai. Um homem constrói uma casa para si e sua família. Os alpendres ou varandas estão todos de fora, e são secundários. O prédio mais central é realmente construído para as conveniências de dentro da casa.
Olaf Jansen faz o anúncio surpreendente através de mim, um instrumento humilde, que de igual modo, Deus criou a Terra para o “interior” – ou seja, por suas terras, mares, rios, montanhas, florestas e vales, e para as suas outras conveniências internas, enquanto a superfície externa da Terra é apenas a varanda, o alpendre, onde as coisas crescem, por comparação, mas são pouco povoadas, como o líquen no lado da montanha, agarrando-se com determinação para a sua existência nua.
Pegue uma casca de ovo, e a partir de cada extremidade faça sair uma ponta de lápis. Extraia o seu conteúdo, e então você terá uma representação perfeita da terra de Olaf Jansen. A distância a partir da superfície interior para a superfície exterior, de acordo com ele, é de cerca de 300 milhas. O centro de gravidade não está no centro da terra, mas no centro do reservatório ou crosta; portanto, se a espessura da crosta ou concha da Terra é de 300 milhas, o centro de gravidade estaria 150 milhas abaixo da superfície.
Em seu livros diários de bordo, os navegantes e exploradores do gelado ártico nos falam da imersão da agulha como as velas de embarcações em regiões do norte mais distante conhecido. Na realidade, eles estão em curva; na borda do reservatório, onde a gravidade é geometricamente aumentada, e enquanto a corrente elétrica aparentemente corre para cima e para fora, no espaço e para a ideia fantasma do Pólo Norte, mas esta mesma corrente elétrica cai de novo e continua o seu curso para o sul ao longo da superfície interior da crosta terrestre.
No apêndice de seu trabalho, o capitão Sabine dá conta de experimentos para determinar a aceleração do pêndulo em diferentes latitudes. Este parece ter resultado do trabalho conjunto de Peary e Sabine. Ele diz: “A descoberta acidental que um pêndulo ao ser removido de Paris para a vizinhança do equador aumentou seu tempo de vibração, deu o primeiro passo para o nosso conhecimento atual de que o eixo polar da Terra é menor do que o equatorial, que a força da gravidade na superfície da Terra aumenta progressivamente de intensidade a partir do equador para os pólos” (n.t. por este motivo, as principais bases de lançamentos de grandes foguetes ficam próximas do Equador, onde a força da gravidade é menor).
De acordo com Olaf Jansen, no início deste nosso velho mundo, ele foi criado exclusivamente para SER HABITADO “dentro” do planeta, onde estão localizados os quatro grandes rios mencionados na Bíblia – o rio Eufrates, o Pison, o Giom e o Tigre. Estes mesmos nomes de rios, quando aplicados aos grandes cursos de água na superfície “externa” da terra, na sua superfície, são puramente reflexo da tradição de uma antiguidade para além da memória do homem atual.
No topo de uma alta montanha, perto da principal fonte destes quatro rios, Olaf Jansen, o Norseman, afirma ter descoberto o há muito perdido “Jardim do Éden”, o verdadeiro umbigo da terra, e de ter passado mais de dois anos estudando e reconhecendo esta maravilhosa civilização “dentro” da terra, exuberante com plantas enormes e estupendas e cheio de animais gigantes; uma terra onde as pessoas vivem para ter séculos de idade, segundo a ordem de Matusalém e outros personagens bíblicos; uma região onde um quarto da superfície “interior” é de água e três quartos de terra; onde existem grandes oceanos e muitos rios e lagos; onde as cidades são superlativas na sua construção e magnificência; onde os meios de transporte são muito mais avançados do que o nosso (n.t. isso ainda no começo do século XX, em 1908, quando o livro “The Smoky God” foi publicado por Willis George Emerson), assim como nós, com as nossas realizações nos vangloriamos de sermos mais avançados do que os habitantes da “África negra”
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De novo a entrada no polo norte para o reino da Terra Interior, para Agharta, se revela.
A distância em frente ao espaço a partir da superfície interior para a superfície interna é de cerca de 600 milhas a menos do que o diâmetro reconhecido da terra. No centro idêntico deste vasto vácuo esta a sede da obtenção de energia elétrica – uma bola gigantesca de fogo de cor vermelho escuro (Surya, o sol central no interior da Terra) – não surpreendentemente brilhante, mas cercado por uma nuvem luminosa branca, suave, dando luz e calor uniforme, e mantido em seu lugar no centro deste espaço interno a lei imutável da gravidade. Esta nuvem elétrica é conhecida pelo povo do “interior da Terra” como a morada de “The Smoky God” (O deus nebuloso). Eles acreditam que aquilo seja o trono de “O Altíssimo”.
Olaf Jansen me lembrou de como, nos velhos tempos de faculdade, estávamos todos familiarizados com as demonstrações laboratoriais de movimento centrífugo, que mostravam claramente que, se a Terra fosse um corpo sólido (e não oco como ela realmente é), a rapidez de sua revolução em cima de seu eixo iria rasgá-la em mil fragmentos.
O velho homem nórdico também sustentou que a partir dos pontos mais distantes da terra ao norte, nas ilhas de Spitzbergen e Franz Josef Land, bandos de gansos podem ser vistos anualmente voando ainda mais para longe ao norte, assim como mostram o registro de marinheiros e exploradores em seus diários de bordo. Nenhum cientista foi ainda audacioso o suficiente para tentar explicar, até mesmo para sua própria satisfação, em direção a que local de terra estas aves são guiadas por seu instinto sutil. No entanto, Olaf Jansen nos deu uma explicação mais razoável.
A presença do mar aberto no Northland  (Terras do norte) também é explicada. Olaf Jansen afirma que a abertura do pólo norte, entrada ou buraco, por assim dizer, é de cerca de 1.400 milhas de diâmetro. Em conexão com isso, vamos ler o que escreve o Explorador Nansen, na página 288 do seu livro:
“Eu nunca tive uma vela tão enfunada pelo vento esplêndido rumando para o norte, de forma constante ao norte, com um bom vento, tão rápido quanto vapor e vela podem levar-nos, milha após milha pelo mar aberto, sempre olhando, através destas regiões desconhecidas, sempre mais e mais limpa de cobertura de gelo, quase se poderia perguntar: Quanto tempo isso vai durar? O olho sempre se volta para o norte, como alguém atravessando uma ponte olha sempre á frente. Ele está olhando para o futuro. Mas há sempre o mesmo céu escuro à frente, o que significa mar aberto”.
Mais uma vez, a Norwood Review of England, em sua edição de 10 de maio de 1884, diz: “Não admitimos que há gelo até o Pólo Norte – uma vez dentro da grande barreira de gelo, um novo MUNDO surge sobre o explorador do extremo norte, o clima é leve como o da Inglaterra, e, depois, ameno como das Ilhas Gregas”.
Alguns dos rios no “interior”, como afirma Olaf Jansen, são maiores do que os nossos rios Mississippi e Amazonas combinados num ponto de volume de água transportada; na verdade, sua grandeza é ocasionada pela sua largura e profundidade ao invés de seu comprimento, e é na foz desses rios poderosos, à medida que fluem para o norte e para o sul ao longo da superfície interior da terra, que os icebergs gigantescos são encontrados, alguns deles de quinze e 20 milhas de largura e 40-100 milhas de comprimento.
Não é estranho que nunca houve um iceberg encontrado tanto no Oceano Ártico ou da Antártica que não seja composto por água doce? Os cientistas modernos afirmam que o congelamento elimina o sal, mas Olaf Jansen afirma de forma diferente.
Os antigos Hindus, escritos japoneses e chineses, assim como os hieróglifos das raças extintas do continente norte-americano, todos falam do costume de adoração ao Sol, e é possível, à luz surpreendente de revelações de Olaf Jansen, que o povo do mundo interior, atraídos por vislumbres do sol que brilhou sobre a superfície interna da Terra, a partir da abertura dos pólos norte ou do sul, ficaram insatisfeitos com o “The Smoky God,” o grande pilar ou a nuvem mãe da energia elétrica, e , cansado de sua atmosfera continuamente suave e agradável, seguiram a luz mais brilhante do sol externo, e foram finalmente levados para além do cinturão de gelo e espalhados sobre a superfície “externa” da terra, através da Ásia, Europa, América do Norte e, mais tarde, África, Austrália e América do Sul(1). 
A seguinte citação é significativa; “Conclui-se que o homem saindo de uma região-matriz ainda indeterminada, mas que uma série de considerações indicam ter sido no Norte, tem se espalhado e irradiado em várias direções; que suas migrações têm sido constantemente de Norte para o Sul.” – M. ​​le Marquis G. de Saporta, na Popular Science Mensal, Outubro, 1883, página 753.
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É um fato notável que, quando nos aproximamos do equador, a estatura da raça humana cresce menos. Mas os patagônios da América do Sul são, provavelmente, os únicos aborígenes do centro da terra que sairam através da abertura geralmente designada como o Pólo Sul, e eles são chamados de a raça gigante.
Olaf Jansen afirma que, no início, o mundo foi criado pelo Grande Arquiteto do Universo, para que o homem pudesse habitar em sua superfície “interior”, que tem sido, desde então a habitação dos “escolhidos”, apenas uma civilização mais evoluída do que a nossa de superfície.
Os que foram expulsos do “Jardim do Éden”, a nossa civilização, trouxe sua história tradicional sobre a terra interior junto com eles.
A história das pessoas que vivem no “interior” contém uma narrativa que sugere a história de Noé e da arca com os quais estamos familiarizados. Ele navegou para longe, como fez Colombo, a partir de uma certa porta, para uma terra estranha que ele tinha ouvido falar de longe para o norte, levando consigo todos os animais dos campos e aves do céu, mas nunca se ouviu falar dele mais tarde.
Sobre os limites do norte do Alasca, e ainda com mais frequência na costa da Sibéria, são encontrados-depósitos de ossos contendo presas de marfim em quantidades tão grandes a ponto de sugerir que são lugares com restos de animais da antiguidade. De acordo com relatos de Olaf Jansen, eles vieram da grande vida animal prolífica que abunda nos campos e florestas e nas margens dos numerosos rios do mundo interior (Agharta) existente dentro da Terra. Os materiais ficaram presos nas correntes oceânicas, ou foram liberados do gelo pelas banquisas, e se acumularam como madeira flutuante na costa da Sibéria. Isso vem acontecendo há muito tempo, e, portanto, surgem estes depósitos de ossos misteriosos. Sobre este assunto William F. Warren, em seu livro já citado, páginas 297 e 298, diz:
“As rochas do Ártico falam de uma Atlântida perdida mais maravilhosa do que Platão. As camadas de marfim fóssil da Sibéria excedem tudo do tipo encontrado no mundo. Desde os dias de Plínio, pelo menos, eles têm sido constantemente explorados, e ainda são a principal fonte do abastecimento de marfim. Os restos de mamutes são tão abundantes que, como diz Gratacap, “as ilhas do norte da Sibéria parecem ser construídas de aglomerado de ossos”. 
Outro escritor científico, falando das ilhas da Nova Sibéria, norte da foz do rio Lena, usa esta linguagem:. “Grandes quantidades de marfim são escavados fora da terra a cada ano. De fato, algumas das ilhas se acredita serem nada mais do que uma acumulação de madeira à deriva e de corpos de mamutes e outros animais antediluvianos congelados juntos. “A partir disso, pode-se inferir que, durante os anos que se passaram desde a conquista russa da Sibéria, presas úteis de mais de vinte mil mamutes foram coletadas”.
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O eletro magnetismo do planeta flui pelos dois polos da Terra.
Mas agora vamos para a história de Olaf Jansen sobre a existência de uma civilização no interior da Terra, cuja entrada fica no Polo Norte. Vou contá-la em detalhes, tal como estabelecido por ele mesmo em manuscrito, e tecida no relato, assim como ele fez algumas citações de obras recentes sobre a exploração do Ártico, mostrando o cuidado com o velho Norseman em comparação com suas próprias experiências daquelas de outros exploradores do norte congelado. Assim escreveu o discípulo de Odin e Thor, a sua própria história 

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