Um cofre que visa abrigar sementes de
todas as variedades conhecidas no mundo de plantas com valor alimentício está
sendo inaugurado na Noruega, já no Círculo Ártico [texto de 25/2/2008] .
Apelidada de o cofre do fim do mundo, a
Caixa Forte Internacional de Sementes, uma joint-venture da Noruega e da ONU,
foi construída em uma ilha remota, Svalbard, em uma parceria entre o governo
norueguês e a Organização das Nações Unidas (ONU).
A caixa forte, que começou a ser
construída em março de 2007, fica a uma profundidade de 120 metros dentro da
montanha de Spitsbergen, uma das quatro ilhas que compõem Svalbard.
O diretor do projeto, Kerry Fowler,
afirmou que a iniciativa visa salvaguardar a agricultura mundial no caso de
catástrofes futuras, como guerras nucleares, queda de asteróides e mudanças
climáticas.
Este é o plano B, a rede de segurança,
a política de seguro. E sabemos que grande parte da diversidade está sendo
perdida mesmo em bons bancos genéticos, disse.
BILHÕES
Ao construir uma caixa forte dentro da
montanha, o solo permanentemente gelado continuaria a fornecer refrigeração
natural em caso de falha do sistema mecânico, explicou Fowler.
A Caixa Forte Internacional de Sementes
é composta por três câmaras com a capacidade de guardar 4,5 bilhões amostras de
sementes.
O professor Tore Skroppa, diretor do
Instituto de Florestas e Paisagens da Noruega, que também participa do projeto,
afirma que a mudança climática é um dos motivos da criação do banco de sementes,
mas não é o único.
O professor disse à correspondente da
BBC em Svalbard, Sarah Mukherjee, que mais de 40 países tiveram parte ou a
totalidade de seus bancos de sementes destruídos nos últimos anos. Seja devido à
guerra, como no Afeganistão e Iraque, ou devido a inundações ou outros desastres
naturais, como nas Filipinas.
Embora a caixa forte norueguesa tenha
sido projetada para proteger espécies de acontecimentos catastróficos, ela pode
ser usada também como fonte de realimentação de bancos de sementes
nacionais.
A sonda MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) será
lançada em Novembro, com o objetivo principal de descobrir porque e como Marte perdeu sua
atmosfera.[Imagem: NASA/Goddard Space Flight Center]
Se você não quer apostar tudo indo em uma viagem sem volta a Marte, talvez possa começar enviando apenas
uma mensagem ao planeta vermelho.
A NASA está convidando o público a enviar seus nomes e até um poema para
Marte.
Os nomes de todos os interessados, e três poemas selecionados por votação,
serão gravados em um DVD que irá a Marte a bordo da sonda espacial MAVEN, que
vai estudar a atmosfera superior de Marte.
A sonda MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) será lançada em
Novembro, com o objetivo principal de descobrir porque e como Marte perdeu sua atmosfera.
Os nomes de todos os interessados que se cadastrarem no site serão incluídos
no DVD.
O público também está sendo convidado a enviar um pequeno poema no estilo
japonês haiku - ou haikai. Os poemas haiku têm uma métrica bem definida: apenas
três linhas com cinco sílabas na primeira, sete na segunda e novamente cinco
sílabas na terceira.
Apenas três haikus serão selecionados por votação entre os internautas.
O prazo para as inscrições é 01 de julho. A votação do público para escolher
os três poemas começará em 15 de Julho.
"A campanha Indo a Marte dá às pessoas de todo o mundo uma maneira
para fazer uma conexão pessoal com o espaço, com a exploração espacial e
com a ciência em geral, e compartilhar o nosso entusiasmo com a missão MAVEN,"
disse Stephanie Renfrow, da NASA.
Os participantes que enviarem seus nomes poderão imprimir um certificado para
documentar seu envolvimento com a missão.
Para participar é necessário ser maior de 18 anos e acessar o site do
concurso - em inglês - no endereço
http://lasp.colorado.edu/maven/goingtomars/.
Nave espacial Virgin Galactic faz seu primeiro voo
A nave espacial Virgin Galactic fez seu primeiro voo sobre o Deserto do Mojave na Califórnia, que foi capturado em vídeo.
A nave foi projetada para transportar turistas ao espaço.
“Hoje foi completa e totalmente ridículo, tive meu maior sorriso de todos os tempos”, disse Richard Branson, o fundador da Virgin, ao jornal The Daily Telegraph após o voo. “Estávamos no campo e foi uma visão fantasticamente clara. Você podia ver a nave espacial sendo liberada e vê-la três segundos depois acionando seu foguete.”
“Já faz oito anos e meio de trabalho duro para chegarmos até aqui e estamos realmente em alta agora. Este foi o momento-chave.”
Funcionários da Virgin disseram que os preços dos bilhetes para o espaço saltarão 25% na próxima semana, de 200 para 250 mil dólares.
“Em cerca de uma semana, aumentaremos o preço para US$ 250 mil até que as primeiras mil pessoas tenham viajado e assim satisfaça a inflação desde que começamos”, disse Branson ao Space.com nesta semana.
O website da empresa diz que cerca de 580 pessoas já pagaram para viajar a bordo da nave espacial.
A ação de 1977 é tratada como um dos maiores esforços militares em busca de objetos voadores não identificados no Brasil.
O Ministério da Defesa promete revelar, em junho, documentos secretos de uma das maiores operações militares envolvendo objetos voadores não identificados no Brasil. A Operação Prato, de 1977, que levou a Força Aérea Brasileira (FAB) para verificar ocorrências extraordinárias no Pará, produziu um grande volume de material, em relatos, fotografias e vídeos, grande parte secreta até hoje. A decisão foi tomada após reunião com membros da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e representantes das Forças Armadas, no dia 18 de abril.
Documentos
O Brasil é um dos pioneiros na investigação de objetos voadores não identificados. Oficialmente, de 1969 a 1972, a Força Aérea Brasileira teve até um órgão dedicado a esse propósito. Desde a regulamentação da Lei de Acesso à Informação (LAI), alguns documentos da Força Aérea, que relatam eventos de 1950 até 2010, foram liberados. Mas os ufólogos afirmam que grande parte do material produzido nessa busca por óvnis ainda não veio a público. Por isso, eles principiaram, em 2004, uma campanha chamada “UFOs: Liberdade de Informação Já”, com o objetivo de pedir ao governo a liberação desses arquivos.
Os ufólogos acreditam que haja milhares e milhares de documentos sobre o assunto em posse da Marinha e do Exército. “Da Marinha, existe o caso da Corveta Mearim, de UFOs que perseguiram embarcações brasileiras da Marinha e deixaram seus equipamentos inutilizáveis, alguns por um determinado período. E o caso Ilha da Trindade, de 1958, sobre um óvni que teria sido visto pela tripulação de uma embarcação da Marinha”, explica Ademar Gevaerd, jornalista e editor da revista UFO.
Já do Exército, os ufólogos esperam documentos oficiais sobre o Caso Varginha, de 1996, que teve repercussão nacional. Segundo Gevaerd, esse caso teve uma investigação secreta e contou com envolvimento dos militares. “Esses documentos o exército nunca entregou, e eles existem. Nós entrevistamos militares que descrevem detalhes da captura dos dois seres e de restos da nave espacial. Temos o áudio dessas entrevistas, inclusive. Não vamos revelar nomes, mas nós temos esse registro”, afirma.
O coronel Alexandre Emilio Spengler, coordenador do Serviço de Informações ao Cidadão do Ministério da Defesa, alegou que, com exceção da Operação Prato, o restante dos documentos solicitados se encaixa em uma destas categorias: 1) encontra-se à disposição nos arquivos da Marinha e do Exército e no arquivo Nacional; 2) não foi encontrado; 3) foi destruído; 4) nunca existiu.
Conforme Spengler, a Operação Prato, do Comando da Aeronáutica, é a pasta secreta que faltava revelar. “O último documento sigiloso, e ainda não entregue aos ufólogos, é o da Operação Prato, que poderá ser aberto já em 1º de junho de 2013. Os demais documentos solicitados pelos ufólogos ou não foram encontrados, ou não existiram, ou foram destruídos, como é previsto em lei”, afirma. Ele se refere ao ao decreto nº 79.099/77, que regulamentava a salvaguarda de documentos sigilosos e permitia sua destruição, assim como dos eventuais termos de destruição, pela autoridade que os elaborou ou por quem detivesse sua custódia.
Operação Prato
Em 1977, a Força Aérea Brasileira deslocou mais de 20 militares para uma operação especial: registrar e verificar ocorrências de luzes hostis e manifestações misteriosas na cidade de de Colares, no Pará. Armados com câmeras fotográficas e filmadoras, os agentes não presenciaram nada extraordinário nos dois primeiros meses. Depois, no entanto, de acordo com os relatos, o cenário se alterou completamente: objetos luminosos se movimentando erraticamente, naves maiores do que prédios de 30 andares e depoimentos chocantes da população ribeirinha.
A Operação Prato, como ficou conhecida, resultou em 2 mil páginas de documentos, 500 fotos e 16 horas de filme. Porém quase tudo permanece arquivado, segundo Gevaerd. “Ainda falta 80% do material, centenas de fotos, vídeos que foram registrados, relatórios dos pilotos, que fizeram a perseguição - nada disso foi liberado”, esclarece.
Da liberação
Segundo o art. 45 do Decreto 7.724, de 16 de maio de 2012, que regulamenta a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, as informações desclassificadas nos últimos 12 meses devem ser publicadas, anualmente, até 1º de junho de cada ano. A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos Sigilosos (CPADS) do Ministério da Defesa é quem avalia os documentos sigilosos do Ministério da Defesa. “Na reunião do dia 18 de abril de 2013, o representante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra) informou que os documentos referentes à Operação Prato (Pará) estão sendo reavaliados por essa Comissão e que poderão perder o sigilo (secreto) já em 1º de junho de 2013”, declara Spengler.
Interesse
A reunião, realizada no dia 18 de abril, foi um marco no diálogo entre ufólogos e militares. “É a primeira vez na história, não só do Brasil, mas do mundo, que o Ministério da Defesa chamou os ufólogos para conversar e expressar os seus pontos de vista. Saímos da reunião sem nenhum documento adicional, mas com a promessa de que eles vão ser liberados”, destaca Gevaerd.
Essa medida atende a um interesse da população, já que a ufologia açula a curiosidade dos terráqueos. Ao todo, houve 107 solicitações de informações sobre óvnis (cinco da administração central do Ministério da Defesa, nove do Comando da Marinha, 26 do Comando do Exército, 65 do Comando da Aeronáutica e dois da Escola Superior de Guerra). “Foi a maior demanda sobre um único assunto recebida pelo Ministério da Defesa”, ressalta Spengler.
Para Gevaerd, revelar todos os documentos demonstraria transparência e responderia muitas questões. “Ainda existe uma dúvida se os óvnis existem ou não. As pessoas torcem o nariz e perguntam: ‘Será?’”, comenta. “Com a liberação dos documentos, deixa de haver um mistério, passa a haver transparência, e é isso que as pessoas querem”, insiste. Pelo menos em relação à Operação Prato, as dúvidas serão respondidas em junho.
Os telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedi dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos fo Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira. O artigo é de Beto Almeida.
Beto Almeida
O primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.
Veto imperial: O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.
“Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.
Em outra parte do documento, o representante americano é ainda mais explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.
Guinada na política externa: O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.
Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as metrópoles.
Bomba! Bomba!
O outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo Wikileaks recentemente e que também revela intenções de veto e ações contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro veio a tona de forma torta pela Revista Veja, e fala da preocupação gringa sobre o trabalho de um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Giráo publicou um livro com simulações por ele mesmo desenvolvidas, que teriam decifrado os mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja tecnologia é guardada a 7 chaves.
A primeira suspeita revelada nos telegramas diplomáticos era de espionagem. E também, face à precisão dos cálculos de Girão, de que haveria no Brasil um programa nuclear secreto, contrariando, segundo a ótica dos EUA, endossada pela revista, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, firmado pelo Brasil em 1998, Tal como o Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA, sobre o uso da Base de Alcântara, o TNP foi firmado por Fernando Henrique. Baseado apenas em uma imperial desconfiança de que as fórmulas usadas pelo cientista brasileiro poderiam ser utilizadas por terroristas , os EUA, pressionaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que exigiu explicações do governo Brasil , chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do livro “A física dos explosivos nucleares”. Exigência considerada pelas autoridades militares brasileiras como “intromissão indevida da AIEA em atividades acadêmicas de uma instituição subordinada ao Exército Brasileiro”.
Como é conhecido, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, vocalizando posição do setor militar contrária a ingerências indevidas, opõe-se a assinatura do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que daria à AIEA, controlada pelas potências nucleares, o direito de acesso irrestrito às instalações nucleares brasileiras. Acesso que não permitem às suas próprias instalações, mesmo sendo claro o descumprimento, há anos, de uma meta central do TNP, que não determina apenas a não proliferação, mas também o desarmamento nuclear dos países que estão armados, o que não está ocorrendo.
Desarmamento unilateral: A revista publica providencial declaração do físico José Goldemberg, obviamente, em sustentação à sua linha editorial de desarmamento unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico nuclear soberano, tal como vem sendo alcançado por outros países, entre eles Israel, jamais alvo de sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz contra o Irã. Segundo Goldemberg, que já foi secretário de ciência e tecnologia, é quase impossível que o Brasil não tenha em andamento algum projeto que poderia ser facilmente direcionado para a produção de uma bomba atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir para reforçar a linha de vetos e constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como mostram os telegramas divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os EUA querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad , presidente do Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Até agora, rigorosamente sonegada à opinião pública mundial.
Intervencionismo crescente: O semanário também publica franca e reveladora declaração do ex-presidente Cardoso : “Não havendo inimigos externos nuclearizados, nem o Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para que a bomba?” Com o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou na biodiversidade, com os minerais estratégicos abundantes que possui no subsolo e diante do crescimento dos orçamentos bélicos das grandes potências, seguido do intervencionismo imperial em várias partes do mundo, desconhecendo leis ou fronteiras, a declaração do ex-presidente é, digamos, de um candura formidável.
São conhecidas as sintonias entre a política externa da década anterior e a linha editorial da grande mídia em sustentação às diretrizes emanadas pela Casa Branca. Por isso esses pólos midiáticos do unilateralismo em processo de desencanto e crise se encontram tão embaraçados diante da nova política externa brasileira que adquire, a cada dia, forte dose de justeza e razoabilidade quanto mais telegramas da diplomacia imperial como os acima mencionados são divulgados pelo Wikilieks.
O tálio tem diversas aplicações de alta tecnologia, embora seja um elemento extremamente tóxico. Na foto, amostras do metal dentro de um recipiente de vidro.[Imagem: Wikimedia]
Metal raro
Foi descoberta no município de Barreiras, estado da Bahia, a primeira reserva de tálio do Brasil.
O tálio é um metal extremamente raro, estratégico e de alto valor, que atualmente só é produzido na China e no Cazaquistão.
Em apenas uma das áreas pesquisadas pela empresa Itaoeste, que detém a concessão para exploração da reserva, foi encontrado o equivalente para atender todo o consumo mundial de tálio, estimado em 10 toneladas anuais, pelo período de seis anos.
A empresa detém o direito de pesquisa em outras 23 áreas, cujos estudos ainda não foram concluídos. A área cujo levantamento foi concluído corresponde a apenas 2% da área total de pesquisas do projeto.
Nas demais áreas, dados preliminares indicam a continuidade da mineralização e, em vários locais, os teores de tálio apresentam-se acima da média obtida na primeira área pesquisada, o que mostra o excepcional potencial da reserva. Tálio
Devido à sua raridade, tudo o que se refere ao tálio é expresso em gramas. A reserva total de tálio metálico contido no minério é superior a 60 milhões de gramas, apenas nesta primeira área onde a pesquisa já foi concluída.
Atualmente, o tálio é cotado a US$ 6 o grama.
Esta jazida é a única ocorrência mundial conhecida em que o tálio aparece associado com manganês e cobalto, outros dois minerais de grande interesse comercial.
O tálio tem diversas aplicações de alta tecnologia, embora seja um elemento extremamente tóxico.
Ele está na Tabela Periódica entre o mercúrio e o chumbo, dentro do grupo IIIA, juntamente com elementos com o índio e o gálio, essenciais na eletrônica atual.
O tálio pode ser empregado materiais termoelétricos, supercondutores de alta temperatura e como contraste em exames médicos.